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Brasil cobra explicações da Nicarágua após morte de estudante brasileira


O governo brasileiro cobrou explicações da Nicarágua pelo assassinato da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros na noite desta segunda-feira (23) em Manágua, capital nicaraguense.
"Nós estamos cobrando do governo nicaraguense a apuração das responsabilidades pelo ocorrido e estamos também mobilizados para dar apoio à família e lidar com essa situação trágica que ocorreu hoje na Nicarágua", afirmou, brevemente, Marcos Galvão, secretário-geral das Relações Exteriores.
As declarações foram feitas após a primeira reunião em nível presidencial do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Peru e Chile).
Em seu discurso durante o encerramento do encontro, o presidente Michel Temer também falou sobre o assassinato de Raynéia. "Lamentamos profundamente a morte de uma jovem brasileira vitimada pela violência em Manágua, na noite de ontem, em circunstâncias que ainda estão sendo examinadas", disse.
Em nota, o governo brasileiro condenou o caso e se disse indignado com a morte. "O governo brasileiro exorta as autoridades nicaraguenses a envidarem todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo ato criminoso", diz o texto. 
Raynéia foi baleada por volta das 23h, quando voltava para casa. Ela estava sozinha no carro, mas seu namorado vinha no veículo de trás.
Atingida com um tiro de grosso calibre no peito, foi levada pelo namorado ao Hospital Militar, mas morreu duas horas mais tarde. O seu carro teria recebido vários disparos. 
Manágua enfrenta uma onda de protestos desde abril, com toque de recolher informal após as 19h, em meio a vários relatos de pessoas assassinadas ou sequestradas por policiais e paramilitares do regime do presidente Daniel Ortega.
O governo respondeu com violência aos manifestantes e ao menos 360 pessoas já foram mortas, a maior parte civis.

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