Caso Beatriz Mota - judiciário precisa dar uma resposta: quem matou Beatriz?
Alisson Dantas foi morto no dia 30 de outubro de 2015. Aos 20 anos, o jovem foi atingido por golpes de facão, por um vizinho que acusou o garoto de usar a internet da casa onde morava através da rede wifi. No mesmo ano, em 10 de dezembro, um crime brutal chocou Petrolina. Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, de 7 anos, foi assassinada com 42 facadas durante a festa de formatura de um tradicional colégio particular da cidade. Os dois crimes se assemelham pela dor dos familiares em não conseguirem a solução dos casos. “A causa de Lúcia é a minha dor também”, disse a mãe de Alisson.
A família e os amigos das duas vítimas se reuniram em frente ao Fórum de Petrolina na manhã desta quinta-feira, dia 02, onde cobraram respostas sobre os crimes. O assassino de Alisson Dantas foi preso na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Reziélio Alves de Almeida, de 52 anos, aguarda transferência para Petrolina, onde deve ser julgado, desde o dia 29 de maio deste ano. “É sentimento de revolta. Agora tem dois meses ele preso e ele não veio ainda porque não tem verba. Isso é uma vergonha. Onde vai parar a verba dos impostos que damos mensalmente? Clamamos soluções. Nem sabemos quando vence esse prazo e depois que vence eles não têm obrigação de segurar esse infeliz lá. A gente faz uma vaquinha, mas a gente traz esse infeliz para cá”, desabafou a mãe do jovem, Ana Cláudia Dantas.
Munidos de apitos, camisas e cartazes, pedindo a prisão do acusado de ter apagado as imagens da noite do crime da menina Beatriz, os familiares e amigos da garota também cobravam soluções. “Nós somos a resistência de Beatriz. Vamos exigir que o Judiciário reanalise a decisão.
É injusto o que estão fazendo com Beatriz. Em relação às imagens, foram apagadas seletivamente. Ou seja, quem apagou foi o funcionário de nome Alisson Henrique e isso está bem claro. Não é mais inquérito, é processo. Hoje estamos aqui cobrando uma postura, uma resposta”, afirmou a mãe da garota, Lucinha Mota.
Ela ainda fez questão de enfatizar a dor da outra família e reforçar o pedido da outra mãe em trazer o assassino do filho para ser julgado em Petrolina. “Cobramos também sobre o assassinato de Alisson que foi preso no Paraná e até hoje ele não chegou aqui. Tá faltando dinheiro para a transferência? Se for dinheiro, Petrolina faz uma vaquinha e traz ele”.
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