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Eleições deste ano terão 13 candidatos à Presidência e mais de 7 mil para deputado federal


Cerca de 25 mil candidatos vão disputar as vagas para oito cargos eletivos em 2018. O prazo para o registro oficial de candidaturas se encerrou às 7 da noite desta quarta-feira (15). O Tribunal Superior Eleitoral ainda totaliza os números finais dos estados, mas os percentuais já permitem traçar um perfil das candidaturas. Para a Câmara dos Deputados, por exemplo, são mais de 7 mil candidatos, dos quais apenas 31% são mulheres e 41% se declaram como pretos ou pardos. Ainda na questão de raça ou cor, o TSE registrou 38 candidaturas de indígenas a deputado federal. Para o professor da Universidade de Brasília Erick Pereira, os avanços nas candidaturas ainda são tímidos para tentar superar a atual sub-representação da população brasileira na Câmara:
"Muitas vezes, no próprio processo eleitoral, as dificuldades – sejam geográficas ou sociais propriamente ditas – fazem com que se tenha uma lentidão no incentivo à inclusão, mesmo com a modificação que temos hoje no financiamento público, que incentivou muitas candidaturas."
Serão 13 candidatos a presidente da República, dos quais dois são deputados federais atualmente: Cabo Daciolo, do Patriotas; e Jair Bolsonaro, do PSL. Completam a lista: Álvaro Dias, do Podemos; Ciro Gomes, do PDT; Geraldo Alckmin, do PSDB; Guilherme Boulos, do PSOL; Henrique Meirelles, do MDB; João Amoedo, do Novo; João Goulart Filho, do PPL; José Maria Eymael, da Democracia Cristã; Marina Silva, da Rede; e Vera Salgado, do PSTU. Após marcha em Brasília e cerca de uma hora antes do prazo final, o PT registrou Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente e Fernando Haddad como vice. Logo em seguida, o Movimento Brasil Livre e a Procuradoria Geral da República apresentaram os primeiros questionamentos ao TSE com o argumento de que Lula, atualmente preso e condenado em segunda instância, não pode ser candidato. O TSE registra ainda cerca de 180 candidatos aos governos estaduais, 300 ao Senado, 15 mil às Assembleias Legislativas e mil à Câmara Distrital. Eventuais impugnações de candidatura serão analisadas até 17 de setembro, como explica o secretário judiciário do TSE, Fernando Alencastro:
"A Justiça Eleitoral vai fazer a análise de um a um para verificar se os candidatos preenchem as chamadas condições de elegibilidade e se nenhum desses candidatos incide em alguma inelegibilidade, aquilo que tornaria o candidato ficha limpa ou ficha suja."
Só para recordar, a Justiça Eleitoral teve extenso trabalho em 2014, na eleição geral anterior. Naquela ocasião, do total de 26.162 candidaturas inicialmente registradas, 4.184 foram consideradas inaptas por motivos diversos, como indeferimento da candidatura, renúncia e até por falecimento, como foi o caso do então candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos. A campanha eleitoral, com direito a comícios, aparelho de som e propaganda na internet, começa nesta quinta-feira (16) e vai até as vésperas (5 ou 6/10, de acordo com o tipo de propaganda) do primeiro turno da eleição, em 7 de outubro. O eleitor também dispõe de várias ferramentas, inclusive no próprio site do TSE, para pesquisar a fundo sobre em quem pretende votar.

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