Marília diz que não sobe em palanque com o PSB
Após a Comissão Executiva Nacional do PT emitir uma nota confirmando o apoio do partido ao PSB, a vereadora e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes deu uma entrevista coletiva na noite desta ultima quarta-feira (1), na sede da CUT, no bairro da Boa Vista. A petista afirma que o posicionamento é contrário às estratégias que já haviam sido conversadas internamente e dispara: “não há condições de subir no palanque com o PSB”.
“Há um ano, o Diretório Estadual definiu que o PT teria cand
idatura própria. Politicamente, nada mudou. Temos aqui em Pernambuco um governo ruim, um governador extremamente desgastado […] o que reflete diretamente na gestão”. No que diz respeito à pré-candidatura consolidada, Marília salienta que o projeto ganhou apoio da população e tomou “corpo grande”. “Conseguimos fazer a defesa do presidente Lula, principalmente com a capilaridade que nos apoiou dos sindicatos. […] Isso assustou nossos adversários que, hoje, estão tentando se manter a todo custo no poder”.
Questionada sobre a possibilidade de se candidatar a deputada federal, a vereadora frisa que não tem direito de trabalhar com plano b e diz estar muito segura em manter sua candidatura ao governo do estado.
Aliada a Marília, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) ressalta que a Executiva é a instância decisória inferior do PT e que é preciso “agir e resistir”. “Amanhã [nesta quinta-feira] temos o encontro de Pernambuco e não pode ser desconvocado. Se for desconvocado, pode ser caracterizado como golpe.” A deputada ainda revela que está protocolado um recurso no Diretório Nacional para que a questão seja melhor analisada.
Sobre o argumento utilizado pela Executiva Nacional de priorizar à candidatura de Lula à Presidência da República, Teresa explica que a candidatura de Marília não está isolada e já alcançou 67% de intenções de voto em Pernambuco. “É o PSB neutralizado que vai apoiar Lula em Pernambuco ou Lula que vai dar suporte a uma candidatura deficitária como a de Paulo Câmara?”, dispara Teresa. “A gente não pode se submeter à democracia”.
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