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Gerente da Compesa nega que empresa deixará Petrolina após licitação: “Já tem uma empresa determinada?”

O gerente regional da Compesa, João Rafael, esclareceu os detalhes da obra de saneamento da Bacia do Jatobá. O empreendimento começou em abril deste ano, mas a obra foi anunciada em junho do ano passado e essa demora foi criticada pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Rafael atribuiu as declarações do gestor a uma desinformação sobre o processo. 

“É importante a gente fazer uma cronologia da obra. Na verdade em junho de 2017 foi assinado o aditivo do convênio com a Codevasf. Lembrando que esse dinheiro é uma sobra da obra de ampliação do esgotamento sanitário da cidade de Petrolina, onde a gente conseguiu realizar a obra prevista com menos dinheiro do que estava previsto e sobraram R$ 5 milhões. Em junho de 2017 a gente fez a assinatura do convênio para que esses R$ 5 milhões fossem utilizados ainda em Petrolina”.  Ainda o segundo o gerente da Compesa, a companhia tinha outro planejamento para esse recurso, mas atendeu a uma solicitação da Codevasf. 

“Naquela época foi pedido também mudança das metas a serem implantadas. A gente tinha projetos prontos para colocar esgotamento sanitário nos bairros Alto do Cocar II, Jardim Brasil e alguns bairros na zona oeste na cidade e foi pedido que fizesse obras para concluir as obras que não foram concluídas pela prefeitura nos bairros Jatobá e Fernando Idalino, então a gente teve que fazer todo o ajuste a licitação dessa obra. A conclusão está prevista para outubro de 2019”.

Ao detalhar os bairros contemplados com a obra, João Rafael explica a exclusão de parte do Henrique Leite. “Inicialmente o projeto vai atender ao Jatobá e ao Fernando Idalino. Em se aproveitando esse recurso que a nossa expectativa é que a gente consiga gerir para utilizar o recurso de uma forma em que dê para a gente fazer mais serviços do que estava previsto, assim como a gente fez no processo de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, a gente vai atender parte do Henrique Leite que é a parte mais alta  que não vai precisar da construção da elevatória para interligação desse sistema. Em seguida a gente vai dar continuidade a licitação para atender a parte mais baixa do Henrique Leite e todos aqueles bairros do entorno”. 

Licitação do Saneamento em Petrolina
Questionado sobre a declaração do prefeito Miguel Coelho de que a Compesa deixaria a cidade após a licitação do serviço de saneamento da cidade, João Rafael garante que isso não faz parte dos planos da empresa e questiona se o gestor municipal já conhece a empresa vencedora. “Se é uma licitação, todos podem participar. Então já tem uma empresa determinada? Não dá pra atender essa colocação na verdade. Nós vamos participar sim. Essa parte mais burocrática, mais jurídica a gente deixa com a diretoria da empresa. Aqui a gente tenta trabalhar os serviços”. 

Rafael também detalha as mudanças implementadas para a melhoria do serviço. “É importante lembrar a população que hoje nós atendemos as ordens de serviços geradas de esgoto com menos de 24h, a depender do horário em que somos acionados. Então, estamos prestando um bom serviço. Em relaçaõ a vazamentos conseguimos reduzir bastante as ordens de serviços que tínhamos, estamos substituindo quase 24 mil hidrômetros. Então estamos prestando um bom serviço dentro dos sistemas que estamos operando”.

Por fim, para justificar a permanência a frente do serviço, o gerente da Compesa garante que a cidade, mesmo sendo superavitária, consome uma parte importante do que é arrecadado. “Aqui em Petrolina temos um custo de operação de 60% do valor que arrecadamos. Se colocarmos os  R$  178 milhões que investimos, cerca de 30% disso aí foram investidos em petrolina. Portanto 90% do que foi arrecadado em Petrolina foram gastos aqui com operação manutenção e investimentos”, destacou.  

(Petrolina Em Destaque)

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