PIB de Pernambuco cresce duas vezes mais que o do Brasil no 2º trimestre do ano
A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) divulgou, nessa semana, os números do levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco. Os dados mostram que PIB pernambucano cresceu 2,3% no segundo trimestre de 2018 e aponta um acumulado de 2,2% no primeiro semestre do ano, impulsionados principalmente pela agropecuária e indústria. Já em valores correntes, o PIB de Pernambuco alcançou R$ 44 bilhões no segundo trimestre e, R$ 89,6 bilhões no primeiro semestre. Os números (taxas de crescimento) são o dobro do País, que foram de 1,0% para o segundo trimestre e 1,1% para o primeiro semestre.
O setor da Agropecuária foi responsável por impulsionar os índices positivos do PIB pernambucano, com um aumento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de 17,3% no acumulado do semestre. “O setor se recuperou com o aumento na produção de grãos no Agreste e Sertão, que se deu com volta das chuvas depois de sete anos de seca no Nordeste”, comentou o presidente da Agência Condepe/Fidem, Gustavo Carneiro Leão.
Gustavo Carneiro Leão registrou que a economia pernambucana prossegue em processo de recuperação e se destaca entre as do País. “O Estado colhe os louros dos investimentos em infraestrutura e capital humano, além da diversificação da economia. Por isto, a perspectiva é a de que a economia continue crescendo e se destacando diante dos outros Estados”, salienta o gestor.
Setores – A análise desenvolvida pela diretoria de Estudos e Pesquisas da Agência Condepe/Fidem mostra que os resultados da Agropecuária de Pernambuco continuam em recuperação, tanto após os efeitos climáticos devastadores nos últimos anos, quanto aos reflexos da crise que afetou a economia nacional. A produção de milho mandioca e feijão são destaque deste setor. Na pecuária salienta-se a produção de ovos, decorrente do aumento no alojamento do ano passado para o atual, o que provocou incremento na oferta deste produto e, consequentemente, declínio de preços, elevando assim, o consumo de ovos.
A indústria também se destacou no bom desempenho da economia. O aumento foi de 5,4%, para o trimestre e para o semestre os números são de 3,1%. Os estaleiros e a fábrica da Jeep, em Goiana, puxaram o crescimento do segmento. As atividades da Indústria de Transformação pernambucana, e seus respectivos produtos, que mais contribuíram positivamente para esse comportamento no primeiro semestre de 2018, foram: produtos de metal (42,7%), produtos alimentícios (2,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,1%), bebidas (3,6%) e outros equipamentos de transporte (7,4%).
Já a Construção Civil, depois de acumular quatro anos de resultados negativos, começa a dar sinais de recuperação, mesmo leve, quando apresentou crescimento de 0,3%. Segundo Gustavo Carneiro Leão, esta recuperação decorreu primeiramente por uma leve recuperação no Setor Imobiliário (Minha Casa Minha Vida). “Três pilares são responsáveis por este crescimento: início dos Investimentos, reabertura do crédito e melhoria nas negociações em geral”, disse o presidente.
O setor de Serviços também apresentou crescimento: 0,8% para o 2º trimestre e 1,2% para o semestre. O setor foi impactado pelas atividades imobiliárias e alugueis (3,0%,), intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados (1,5%), entre outros. Apenas o comércio apresentou comportamento negativo (-1,5%), por conta dos efeitos da paralisação do transporte rodoviário de cargas, ocorrida em meados ao final de maio.
(Ascom)
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