Cappelli diz que invasores "tinham conhecimento dos locais, das plantas” do Congresso e do Planalto
O interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, disse sesta segunda-feira (16) que os terroristas que invadiram e vandalizaram os edifícios-sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, tinham conhecimento sobre as plantas dos locais.
"As pessoas que invadiram a Câmara e o Planalto tinham conhecimento dos locais, conheciam as plantas. Isso, a investigação está apurando. Vai nos auxiliar a identificar as pessoas”, afirmou Capelli. O interventor deu a declaração durante uma coletiva de imprensa após visita no 6º Batalhão de Polícia Militar em Brasília, responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e a governadora em exercício, Celina Leão, estavam ao lado de Capelli.
Além disso, o interventor afirmou ainda que havia “profissionais" nos atos, de acordo com um relato que ele ouviu de um sargento e de um outro oficial que estavam em campo no dia e ficaram feridos durante as tentativas de conter os atos.
“Ele declarou: ‘Secretário, nós não estávamos enfrentando apenas manifestantes'. Ele disse. 'Existiam homens no campo de batalha com conhecimento do terreno, com conhecimento de táticas de combate, com características de profissionais. Eram homens profissionais que estavam no meio dos manifestantes'. Esse é um depoimento para nós muito valioso e que estamos apurando. Esse depoimento agora faz parte da investigação e vai nos auxiliar”, disse Capelli.
Capelli ainda citou o acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel General do Exército e apontou que lá funcionava como uma “incubadora de planos contra a democracia brasileira”.
“Com as investigações, mais informações vieram a tona de que aquele QG funcionava como uma incubadora de planos contra a democracia brasileira”, declarou o interventor.
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