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Engenheiro acusa diretor do Flamengo de mandar adulterar cena do incêndio no Ninho do Urubu

 


Um engenheiro contratado pelo Clube de Regatas do Flamengo para fazer um laudo pericial independente no local do incêndio do Ninho do Urubu, que em 8 de janeiro de 2019 deixou 10 jogadores mortos, denunciou o clube de adulterar a cena do crime.

Em entrevista exclusiva ao UOL, José Augusto Bezerra acusou o CEO do Flamengo, Reinalto Bellotti de mandar um funcionário arrancar partes de uma instalação elétrica problemática, enquanto ainda ocorria a apuração das causas do incêndio.

“Compromete o resultado da perícia da polícia. É decisivo”, disse Bezerra, ao UOL. Ele narrou que chegou ao Flamengo no dia 8 de fevereiro, mesma data da tragédia, e que viu dois dias depois, em 10 de fevereiro, Belotti dar a ordem para arrancar os fios e um disjuntor que poderiam implicar o Flamengo de ter cometido uma negligência com a segurança do CT.

A perícia

De acordo com a perícia feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, o incêndio foi causado por conta de um defeito no ar-condicionado e do material inflamável das paredes dos contêineres, local onde as crianças ficavam alojadas. O laudo de Bezerra aponta má instalação elétrica, somado ao problema no ar. Bezerra é engenheiro elétrico e sócio da Anexa Energia.

O que diz o Flamengo

Em resposta à acusação, o Flamengo disse que está processando o engenheiro porque a alegação é caluniosa e feita sem provas. “Jamais o Senhor Reinaldo Belotti pediu a quem quer que fosse para adulterar a cena do local do incêndio, o que seria inútil haja vista a consumação imediata da perícia, logo após ao incêndio, bem antes dessa empresa e seu sócio surgirem no cenário. O clube também sustenta que ‘não há, em toda a vasta documentação produzida pelas autoridades públicas, qualquer elemento de prova que indique ou confirme a acusação leviana e caluniosa feita por esse senhor”, diz a nota do clube.

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