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Familiares e amigos se despedem de criança que morreu ao ser esquecida pelo pai em carro na Bahia

 

Sob forte comoção, o corpo da criança de 4 anos que morreu após ser esquecida pelo pai dentro de um carro foi sepultado nesta quinta-feira (7), em Alagoinhas, cidade a cerca de 110 km de Salvador.

Familiares e amigos se despediram da menina por volta das 15h, no Osab Memorial Parque, que fica localizado às margens da BR-110. Horas antes do sepultamento, o corpo de Izzi Gil de Oliveira foi velado no Lar Franciscano.

O enterro foi marcado por muita emoção e as pessoas que estavam presentes prestaram as últimas homenagens à criança.

Sepultamento aconteceu nesta quinta-feira (7), no Osab Memorial Parque, que fica localizado às margens da BR-110, em Alagoinhas — Foto: Edson Nunes/Arquivo Pessoal

Nesta quinta, o médico socorrista que atendeu a ocorrência na quarta-feira (6), contou que a menina apresentava rigidez na mandíbula e tinha sinais de que havia morrido cerca de duas ou três horas antes. 

"Infelizmente, quando chegamos ao local, não havia mais o que ser feito. A gente se deparou com a cena triste", disse Abraão Melo.
Criança esquecida no carro apresentou rigídez na mandíbula quando socorro chegou ao local

O socorrista indicou ainda que, ao chegar no local, encontrou a mãe da criança, que tinha retirado a menina de dentro do carro.

Segundo a Polícia Civil, o pai colocou a menina no veículo. A garota estava dormindo e como ele não estava acostumado a levá-la para a escola, esqueceu de deixar a filha na instituição de ensino e foi para o trabalho.

Como a filha estava gripada, a mãe ligou para a escola e perguntou se a garota estava se sentindo bem. Ela foi avisada que a filha não tinha sido deixada pelo pai. Em seguida, ligou para o marido, que saiu do trabalho correndo em direção ao carro, mas a menina estava desacordada.

O médico socorrista Abraão Mendes informou que não há um tempo estabelecido para que uma pessoa sobreviva dentro de um carro fechado, com o motor desligado.

"É difícil falar em tempo, mas, no ambiente em que a criança se encontrava, acreditamos que é muito rápido. Talvez uns 20, 30 minutos para a criança ficar desacordada, e talvez menos de uma hora para ir a óbito", explicou.

"É um ambiente muito quente. A temperatura é incompatível com a vida, com certeza o clima fez toda diferença", apontou.

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